EU MATEI OSAMA BIN LADEN

Meu nome é Pedro Juan Caballero e deixo esta mensagem póstuma sem nenhuma intenção de que seja entendida - aprendi isso com os terrorista. Eu tinha 32 anos e meio quando tudo aconteceu, mas antes preciso contar o início da história: Entrei ilegalmente nos Estados Unidos da América quando tinha treze anos. Rapidamente aprendi o idioma e consegui (por meios que aqui não posso revelar) um Green Card. Me casei e tive um filho com uma bela jovem americana, que outrora havia sido líder de torcida. Orgulhoso e agradecido ao Governo americano, me alistei e com bravura consagrei-me membro da Elite das Tropas Militares do país: o "Seal Team Six." Meu maior sonho era o de poder capturar Bin Laden e tornar-me herói. Vivi toda minha vida de soldado empenhado na sua caçada. Depois de atuar em diversos países estudando o modo operacional e psicológico de várias células terroristas fui convidado para participar da operação que resultou no que os jornais noticiaram no dia 2 de maio de 2011, a partir do pronunciamento do presidente Barack Obama: A morte de Osama Bin Laden.

Fui o primeiro a desembarcar do helicóptero Black Hawk, no quintal da casa que servia de esconderijo para ele. Muito bem armados e equipados com óculos de visão noturna e câmeras de vídeo transmitindo em tempo real para a Casa Branca, de onde nos viram abater os seguranças talibãs com relativa tranquilidade, meus companheiros e eu conseguimos ocupar todos os cantos da casa muito rapidamente, mas - ainda que, com toda preparação física e psicológica - nunca imaginei que seria eu a pessoa a anunciar para que ele se rendesse . Ele não se rendeu... Esboçou uma reação. Eu fuzilei... Depois fui condecorado pelo presidente. Voltei pra casa, abracei minha esposa e beijei meu filho. Agora entro no banheiro portando minha pistola Desert Eagle e consciente da minha última decisão. Só me resta fazer isso. A todos que me amam, minhas sinceras desculpas, mas agora vou ao encontro daqueles de quem a vida tirei.

Aos meus pais, esposa, filho e ao povo americano peço perdão, mas sem o Osama eu não sou nada.