GULA, ABSTINÊNCIA...
Estava para nascer amor igual aquele entre José e Maria. O fogo ardia Maria por dentro, mais incandescente e dilacerante que o de palhas de bananeiras secas em fogaréu; o de José, grandiosíssimo, comparável ao jenipapo caído das alturas em cima de lajedo de pedra, espatifado em zilhões de pedaços... Passavam horas e horas mirando-se um ao outro, mudos, petrificados, narcisando em reverso... Casaram-se. Nus, na cama, passaram noites e noites embriagados, em desmaios sucessivos, hipnotizados, diante tantos tesouros jamais imagináveis, ao alcance das mãos. Temiam manchá-los com a gula avassaladora que pulsava em suas capilaridades...
Estava para nascer amor igual aquele entre José e Maria. O fogo ardia Maria por dentro, mais incandescente e dilacerante que o de palhas de bananeiras secas em fogaréu; o de José, grandiosíssimo, comparável ao jenipapo caído das alturas em cima de lajedo de pedra, espatifado em zilhões de pedaços... Passavam horas e horas mirando-se um ao outro, mudos, petrificados, narcisando em reverso... Casaram-se. Nus, na cama, passaram noites e noites embriagados, em desmaios sucessivos, hipnotizados, diante tantos tesouros jamais imagináveis, ao alcance das mãos. Temiam manchá-los com a gula avassaladora que pulsava em suas capilaridades...