FOME, UMA IMORALIDADE
A moradora de rua escorada na porta do restaurante, quase uma hora da tarde. O garçom passa com restos de comida numa bandeja. Rebotalhos de baião-de-dois, um pedaço de linguiça e dois ovos estrelados. O empregado pega uma quentinha, soca o baião, a linguiça e oferece à coitada. A miserável com um olhar comprido e com ar de riso, questiona:
- Por que você tomém num soca os dois zóvo?
A moradora de rua escorada na porta do restaurante, quase uma hora da tarde. O garçom passa com restos de comida numa bandeja. Rebotalhos de baião-de-dois, um pedaço de linguiça e dois ovos estrelados. O empregado pega uma quentinha, soca o baião, a linguiça e oferece à coitada. A miserável com um olhar comprido e com ar de riso, questiona:
- Por que você tomém num soca os dois zóvo?