As coisas que eu já fui

Já fui uma noite

fora do tempo.

Já fui um pensamento

viajando pelo espaço.

Já fui um planeta

em uma galáxia muito distante.

Já fui um mero instante

congelado na eternidade.

Já estive em todas as coisas

e todas as coisas estão em mim.

Já fui filho, pai e irmão...

já fui flor em um belo jardim.

Já fui o vazio

cheio de significados.

Já fui uma ilha

cercado de água por todos os lados.

Já fui o tudo...

já fui o nada.

Já fui poesia

nunca antes recitada.

Já fui o início,

o fim e o meio.

Já me quebrei em mil pedaços

que jamais se tornarão inteiros.

Já fui uma história

contada de geração em geração.

Já fui um belo Sonho

de uma noite de verão.

Já fui um soldado

lutando numa guerra sem sentido.

Já fui um palhaço

tanto na vida real quanto no circo.

Já fui saudade.

já fui inspiração.

Já fui uma ideia.

Já fui uma decepção.

Já fui tantas coisas

que eu jamais sonhei em ser.

Já fui o texto

que você acabou de ler.

O que eu serei

na próxima vez?

Eu não sei...

já estou ansioso para saber.

Denis, O Dreamaker.

17,18/04/2025-18:32

Nota do Autor: esse texto começou a ser escrito na madrugada (sempre na madrugada, não?) do dia 17/04/2025 e hoje, dia 18/04/2025, eu o retomei. Ele começou de um jeito, se transformou em outra coisa no meio do caminho e agora... se transformou em algo que eu sequer sei nomear. Há tantos elementos, referencias e linguagens nele. Ele é metafísico, transcendental, psicodélico, faz uso de metalinguagem e na penúltima estrofe, eu ainda fiz a quebra da quarta parede e trago o leitor para dentro do texto. Vou tentar listar as referências e inspirações que se juntaram ao texto:

Na segunda estrofe, eu escrevi “Já fui um planeta em uma galáxia muito distante” e isso foi inspirado no que era dito na abertura das séries e filmes clássicos de Star Wars: “Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante…”

Na terceira estrofe, eu escrevi “Já estive em todas as coisas e todas as coisas estão em mim.”. Isso foi inspirado no trecho “Mas saiba que eu estou em você Mas você não está em mim” da música Gita do Raul Seixas.

Na sexta estrofe, eu escrevi “Já fui o início, o fim e o meio.” e isso também foi inspirado no trecho “Eu sou o início, o fim e o meio” da música Gita do Raul Seixas.

Na sétima estrofe, eu escrevi “Já fui um belo Sonho de uma noite de verão.”. A inspiração veio de “Sonho de uma Noite de Verão”, peça teatral de William Shakespeare.

Bem, essas foram as referências e inspirações que eu consegui identificar. Caso encontrem mais algumas, deixem nos comentários. Esse foi um dos textos mais lisérgicos e transcendentais que eu já escrevi. Sinceramente, curti demais escrevê-lo. Encontrar uma maneira de finalizá-lo foi um desafio enorme, pois eu simplesmente não conseguia parar de escrevê-lo. Acho que foi uma das coisas mais bonitas e interessantes que eu já escrevi nesses últimos anos. Ele é uma experiência, uma viagem e uma conexão com coisas que estão além de todos os véus e sentidos.

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Confiram outros textos inéditos de minha autoria:

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Zona Literária: As contradições nossas de cada dia (Pensamento) https://minhazonaliteraria.blogspot.com/2025/04/as-contradicoes-nossas-de-cada-dia.html

Terra dos Sonhos: Que venha a tempestade! (Crônica) https://sonhosdesperto.blogspot.com/2025/04/que-venha-tempestade-cronica.html

Luso Poemas (Portugal): Agora (Decrescendo) https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=377848

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Abaixo você encontra uma listagem atualizada dos nossos queridos escritores que já se foram, mas que deixaram as suas obras imortais entre nós:

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