O alquimista
E sobre os que ainda mostram o rosto, que tem a escuridão solitária e a poesia dos sonhos,
E tem os olhos que enfeitiçam essa maravilha de incêndio que suscita o amor,
E sobre o alquimista que transforma o tempo em luxuria cinzas e segredos, sobre os destituídos que se erguem da opressão numa liberdade subterrânea,
E sobre o mistério que procura a confirmação, e será outra vez praia deserta de neurose e dor, o invisível se perde na névoa incipiente do mundo e vacila de êxtase e espanto,
E sobre o que ignoras e mesmo assim abraças, nessa fascinação de mistério e de uma eternidade de contradições...