Azia
Minha poesia é indiscreta
Desnuda a alma
Consome, toda calma
Criptonita secreta
Palavra por palavra me devora
Sem arrependimentos
Suga meus suprimentos
E, do nada, vai embora
Volta, depois, fortalecida
Capaz de botar quebranto
Usurpa a minha vida
Sou vítima do seu encanto
Mas não quero a poesia
Ser poeta é uma loucura
Versos me dão azia
Pelo excesso de doçura