NÃO SE CHORA UMA LÁGRIMA VAZIA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

NÃO SE CHORA UMA LÁGRIMA VAZIA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

O meu sonho repousou na poesia,

como um lindo passarinho encantado

que cantava, distraindo a fantasia

e sorria com o olhar extasiado.

Um poeta não estuda o estudado,

simplesmente faz do seu pranto, seu traço,

seu sorriso é filigrana de bordado...

verso livre não é risco de compasso.

Um poema original nunca copia

estruturas, ele é sempre projetado,

ao nascer, para fazer da alegria,

a magia de um sonho inacabado.

Quem se move pela sensibilidade

não carece dessa vã geometria

que aprisiona um verso posto em liberdade;

equação nunca termina em utopia.

Quem pranteia uma lágrima vazia?

dentro dela, o sentimento submerso:

é uma forma surreal de nostalgia

diluída na ferida de algum verso.

Assim como não se ri sem ter motivo.

Num sorriso, quando a lágrima é sentida,

ela brota, como um verso expressivo

... celebrando a emoção da própria vida.

O meu verso voa, canta, comemora,

e se encanta até com a minha solidão

e é por isso que ele ri, quando a dor chora,

mas, se chora, ri da própria abstração

Às 10h e 30min do dia 6 de janeiro de 2020 do Rio de Janeiro - Registrado no Recanto das Letras - visite-nos.