Buscando pelo poeta

Abandonando a velha cabana

e sobrevoando os resquícios florestais da praia

do Maraú

e as quase corroídas

falésias vermelho-e- brancas,

os versos começam a caminhar

em alguns sobrevoos,

mais ou menos rasos,

sobre as areias,

buscando pelo poeta.

As palavras cavalgam as vagas...

Submergem nas águas...

Sussurram nos ouvidos de Iemanjá,

convidam os botos a procurá-lo...

As garça levam as sílabas nos bicos...

Os ventos transportam os fonemas

para o-sem- destino

e os elevam para além

da exosfera,

palmilhando,

para mais adiante,

as estradas interestelares...

Já dispersos em átomos, lá encontrarão

um silêncio-luz/não-luz...

Lá está Max!