Saiba como é o dia a dia de um poeta...!
Do que ou de quem ele gosta, o que prefere, pratica(a escrita),
como vive(a poesia), por quem morre, com o que se importa,
e o que mais o irrita!
Saiba como é sua rotina que ele quebra como faz com a linha de um poema...!
Ou que a escreve, descreve ou 'desenha' de 'forma corrida'
nesse corre corre que ele relata ou 'discorre'!
Com sua função de escriba ou menestrel com uma flauta de Pã, seu todo o conjunto da obra e sua poesia pra toda obra embaixo desse sol...
ou se chove; não tem tempo ruim!
Um privilegiado se tem rimas ricas, 'preciosas', mas saído do povo por quem lute ou sabe da luta!
Cheio de amor que distribui em versos... cheio de dúvidas, alegrias e barbaridades pras quais também não tem solução,
mas se encontra uma rima, também transforma em poesia!
Carpe diem! Fugere urbem...!
Serra e mar, palmeiras, sabiá...
e também livre para voar com um 'favônio a favor', mas sua escrita 'manent' ou permanecer; ou meditar ficando parado onde está!
Que torna público amores secretos e 'realiza' os impossíveis...!
Que leva o seu 'elisangelho' através da poesia!
Com aquela gaveta onde coloca seus poemas, para ele limpar...
Com tudo e todos que compõem o cotidiano... o embarque em seus pensamentos de uma linda colegial sozinha que segura o tergal da sainha à mercê do 'vácuo' dum espaço entre suas estrofes!
- A sopa com botões daqueles blusões acompanhada por um hidromel da poesia!
Um dia a dia composto por fadas, duendes e castelos no ar... com seus filhos ou 'sonetilhos perfeitos' com uma dinda galega,
sua criação de mafagafos e um único unicórnio da 'Arábia Feliz' ou 'zanzibarita' num rancho estelar... ou com essa dura e cinzenta realidade num 'livro para pintar'!
Sua vida cheia de som e fúria e sonhos do mesmo tecido desses vestidos floridos exalando aquele 'odor natural'! 
E que ao fim de tudo isso ainda assiste ao grandioso e natural espetáculo de um pôr-do-sol...!
Eis o dia a dia de um poeta que faz poesia de tudo e que tudo o que faz é poesia!