Se escrevo, é quando minha individualidade acaba.
Quando escrevo é que me viro palavra:
é quando me vivo fora de mim.
Palavra, seja erudita ou mal dita,
é vida ganha que sobrevive
no espaço entre mim
e a possibilidade da leitura.
Não importa se me leem!
Palavra solitária também caça jeito
de se eternizar.
O que vale mesmo
é a tentativa
de permanecer nos outros
e sobreviver ao tempo...