Profano
Ando indiferente, solitário, caminhando entre sombras e sonhos, as memórias amarelas são como penduricalhos que guardo em vão,
Matarei essas criaturas ávidas de silêncios,
Serei o abandono depois do sexo,
Partirei cheio de incertezas sobre o tempo,
Ando em pedaços, sou mil pedaços dentro de mim,
Deixo areia nas pegadas,
Ando de pés nús,
Sou uma memória em cada lágrima,
Sou um corredor cheio de anos oxidados,
Sou livre, sou profano,
Ando com uma armadura reluzente,
Sou cinza que ainda arde no coração,
Sou a chama viva da paixão...