Poiesis
A epifania está sob a pedra, em lugar longínquo à beira-mar
A criação salta aos olhos como torre de babel, disposta a nunca terminar
A gênese é imagem de sua própria divisão
A imitação é desvelar de uma lágrima sorrateira
Que se perdeu ao rés do chão
O destino e a arte estão de mãos dadas,
Procurando embriagar aqueles
Que pensam viver
O nosso abrigo nunca existiu
Vivemos de portas fechadas,
Num paraíso sem paredes.