O Papel e o Sonho

Quando começa, é fácil terminar,

Apenas uma palavra, e pronto, distorceu o pensar.

Talvez fosse só um acento, um simples deslizar,

Mas que lugar para findar,

Tanto espaço em branco, bastou um ponto pra acabar.

Talvez se gritar, alguém vá escutar,

Mas seria vulgar, com palavras é fácil argumentar.

Um sonho a divagar, um encontro a desenrolar,

Tudo é questão de ajeitar.

Continuo a rimar, letras soltas no ar,

É só captar, embaralhar, montar e firmar.

O papel antes em branco agora brilha a iluminar,

Mais que um sonho, é algo em que acreditar.

Pelo simples gesto de no papel mostrar,

O belo surge, sem precisar do luar.

Estrelas sem céu, brilham nos acentos,

Agora a acertar, como é bom divagar.

Mostrar apenas o momento,

Das coisas que pareciam de arrepiar.

E assim seguimos, sem fim,

Na pilha de papéis amassados,

O cesto virou um grande texto.

Hora de animar, cavalgar nas ideias,

Olhar o próprio pensamento,

Criar um altar para meditar, apenas sonhar.

Nando Pinheiro
Enviado por Nando Pinheiro em 23/08/2024
Código do texto: T8135291
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