Exibição de lindas monstruosidades

Guardo dentro de mim

Monstruosidades tão famintas

Quanto parasitas e cupins

À medida que elas mantém

Moradia dentro de mim

Minha previsão de alcançar

Anos futuros diminui

Num acesso de desespero

De motivação desconhecida

Arranquei elas de dentro de mim

E as coloquei em jaulas

A fim de exibi-las

Como atrações de circo

Elas não somente

Foram elogiadas

Como se fossem trabalhos de arte

Como deixaram de me assombrar

Ao mesmo tempo que gritavam

Enquanto eram queimadas pela

Luz da realidade

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 18/08/2024
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