O nó
O nó
Tenho um poema entalado na garganta,
já tentei tirá-lo, mas não adianta!
Vem se enganchando às cordas, emaranhado,
preso às lembranças de um passado
qual ferida que lateja, quando exposta
Arrancá-lo é operação melindrosa:
Não sei ao certo o que é nó ou carne
Sob o toque dos dedos, em alguma parte,
sinto às vezes sua forma despontar,
rasgando camadas, por cicatrizar…