Direito ao delírio
Tenho direito á delirar, pois o delírio é primo irmão dos sonhos,
Fecho os olhos pra lembrar do perfume da primavera, e entendo que já não existem regras,
Que estranha fragancia envolve tudo, quem sou eu afinal ?? Se não uma sombra extenuada de escândalos vazios, um rebelde nadando num arroio sombrio,
Busco o escarnio , sou um vândalo,
Busco a vigília do sono e a doçura do mar,
Tenho direito á delirar com essa esperança tenaz e ofereço um mausoléu de lembranças inúteis,
Sou o mesmo desde o fundo da alma esperando esse doce milagre, que brotará como rosas dentre as estrelas,
Sou eu mesmo escrevendo linhas com cor e formas e admitindo outras realidades que ainda desconheço.