Ciclos e ciclistas

Ciclos e ciclistas

Só um pouco, o toco de afoito, o caco, a cinza do lado, o resto do pó.

Bem lento, num fio de brisa, vento, dança, e passa.

O espaço leva, tão leve pras bandas de qualquer fim.

E ontem, era tronco, um floral, jardim de girassóis, um sol de domingueira.

Num lapso e desnudo, passou de reboliço, deixou o nú, sem teu.

A gritos e sangrento, caiu o pau por dentro, furou o tal eunuco.

A roda gira e mundo, por baixo, feio e fundo, já já és bem cabeça.

Do alto tú verás, a queda e Coliseu, o tombo dos mortais, o fim do apocalipse.

Se bem decapitadas, cabeças vãs e máquinas, robóticos de plástico.

Tais ciclos e ciclistas, se encontram lá na curva, e tudo era outra vez.

Só um pouco...

João Francisco da Cruz