A PORTA

 

O amar diz-se,

De si para si,

Faça-se em

Mim, o que sou,

O feliz, bem feliz,

Não, o apenas

A sonhar!

Ao que, de dentro

Do sonho,

Acorda, e agora,

A uns olhos

Injetados de

Brilhos de facas,

De cortar recortar,

Ei-lo já, ao poema…

Incontinente,

Todo desforra, e 

Forra de palavras,

A cama, donde

O sonho de

Sonhar-se, sonhava.

Brota-a toda,

Versos, palavras,

As que aqui vai,

Já que não

As tantas

Para tanto, acaba-o

Em quarto, chave…

A porta bate,

Tranca-o. Já

Ao corredor

Lê-se a mensagem

Que leio:

 

Não estou,

Mas, volto!

 

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 29/05/2024
Código do texto: T8073845
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