Verba volant, scripta manent

 

Que meus escritos... vão, atinjam qualquer mente ou coração,
sejam publicados, nas memórias guardados, não sejam 'em vão',
sejam poesia, versos, prosa ou o que seja então!
Que sejam para alguém ler, reler...
que façam a diferença mesmo possuindo tantos clichês!
QUE façam de mim um poeta, filósofo, 'matemático da contagem de sílabas', 
confundido com um 'catedrático', 'deputado', um geômetra perdido entre as curvas 
e aos pés('de verso') de alguma musa, um arquiteto construtor de castelos no ar, 
ou de belas letras ao se utilizar de escansão!
Sejam arrolados como um pergaminho ou 'deslizados' com uma 'barra de rolagem'...!
E como uma mensagem numa garrafa em mares nunca dantes,
cheguem a internautas navegantes ou uma linda estudante alheia a mim, passante 
e no dia de seu uniforme de gala em seu passo firme e elegante! 
Sejam levados por ventos que também ventam lá, com seus pingos que também sejam letras
ou gotas de orvalho... vão com as correntezas com uma folha, moinhos, ondas das praias, 
com os bons ventos ou daqueles mais sapecas e sua preferência por certos tipos de saias!
Cheguem onde esses ventos fazem a curva, onde nenhum homem jamais esteve, a algum lugar com tudo isso... 
onde há guerra e não canta o galo nem a galinha; pra lá de Bagdá, Afeganistão, onde pela afegã não estão olhando ou 'mirando-se'!
Meus escritos, rasuras, pensamentos, conflitos, loucuras...
QUE cheguem a alguém no mundo, um grande público, seja de seu domínio mesmo chegando a serem intimistas de tão 'líricos'!
QUE ajudem esse mesmo vasto mundo e esses seus tantos necessitados de mais poesia obrigados a conviver
ou 'preferindo' viver só com essa dura realidade e a ditadura da razão!
Me tragam o amor de uma Elisângela ou Zanza num unicórnio branco alado e 'tatuado', seus shortinhos, Lili, 'tágide do rio Muriaé', 
Adélia, seus caracóis(ao vento) numa camisola de bichinhos, mas sem a presença de seu esposo(também imaginário), 
aquela professora de português lá do ginásio, sua saia rodadinha de há 27 anos(a mesma idade que ela tinha),     
Niceia num vestido longo(poá) sem calcinha ou o seu 'Chaplin'... ou me tragam um amor de verdade ou só um amor do bom, 
daqueles dos beijos dados e recebidos em dobro!
Meus escritos, manuscritos, 'digitados em pedras rúnicas' ou no popô do mosquito!
QUE de um livro aberto vão de encontro a algum peito ou seio(descoberto)  com letra corrida e na velocidade de um 'ímpeto de gozo'!
Vão levando essas minhas histórias, outras e de outros! 
Aos quatro ventos formando uma 'quadra' com palavras por ali jogadas ou gritadas!
QUE tenham a devida atenção ou pelo menos sirvam de 'distração'!
Meus escritos, 'inscritos', seguidores, possíveis imitadores, minha arte, poesia, amores, dores,
gritos aflitos, grifos, grilos, pregações, pégasos, louvores, clamores... minha vida sem cortes, rima, solução, métrica, escansão, 
'revisão' e tentando saírem 'melhores que a emenda' ou encomenda de algum editor 'de plantão'!
Vão com deus por essas linhas tortas, entrelinhas, com os rumos dessa prosa, deslizando pela gramática e com alguns erros de prosódia
padroeiros de uma santa 'ingnorança' que agracia e enriquece nossa língua com todo um 'neologismo'!
QUE sejam livres sem que precisem pedir licença poética, para todas as idades como é o próprio amor!
QUE voem com tantas palavras ou fiquem para a posteridade para algum usuário 'ler depois'!
Que sejam 'só meus escritos' para quem quer que seja e quiser achar assim depois de serem lidos!

 

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