Guardião
Silenciosa profissão
Que guarda o descanso alheio
Dei-me em oração
Força e coragem
Para ser guardião.
Santos sois
Nosso senhor do Bonfim
Que zela de mim
Para que eu zele pelos outros
A alma e coração.
Ninguém nos vê
Anônimos da última morada
Com chave dos portões
Que abri para outra existência
Somos apenas as mãos.
Não somos julgadores
Não somos malvados
Estamos em obrigação
Que estamos a enxugar as lágrimas
Exercendo a profissão.
Compaixão para os que ficam
Oração para os que vão
Vivencias na terra
E para ela se volta
Inquieta sensação
Reviver na mente os que se vão
Obrigados a ser agente de transformação.
Não podereis
Amar a profissão
Desamaria a minha essência
No padecimento de alguém
Em minha profissão.
Thiago Sotthero