AI DE MIM QUE SOU POESIA

Sim, sou poema em (des)construção,

Descrevo-me em versos

E faço-me essência da imaginação

E substância magmática das mais loucas fantasias.

Porque em cada linha

Eu transcrevo e reescrevo,

Em cada verso-emoção

Uma faceta minha, sangrando sensações.

Pulsando sentimentos,

Desnudando-me aos olhos que me leem

Descarnada e crua.

Ai de mim, que sou poesia...

Sim, eu sou poesia

Em sinestesias de palavras e paixão,

Porque a verve me ferve,

Ferve em permanente ebulição

Parte-me em múltipla polifonia

Como notas de uma rara canção...

Efêmera fêmea vária, de sonhos sem razão

Nesse contexto de magia

Os olhos penetrando meu dito,

Minha linguagem poética cheia de fruição,

Descobrindo os segredos

Dissecando-me na leitura

Pela força e poder da versificação...

Ai de mim que sou poesia...

By Nina Costa, in 26/12/2023.

Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 27/12/2023
Reeditado em 27/12/2023
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