Esconderijo

No esconderijo das palavras,

esta poesia de lápis rígido

se reveste em caligrafia:

de ponta a ponta, desaponta;

moldo os conceitos, preconceitos,

não as palavras; as palavras

não se moldam pelos conceitos;

pois é disto que eu não vivi

e desisto: é que me escondi

detrás de benditas palavras

e as palavras não foram ditas.

Fabio Ara
Enviado por Fabio Ara em 23/10/2023
Reeditado em 07/11/2023
Código do texto: T7915563
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