DESACONTECIMENTO

 

Sei que esses

Dedos, a descer,

Descem, e ao ir

Que vão, vão

Aos versos…

Mas, não tocam,

Não fazem-se

À escrita…

Nesse antes,

Retorno, e às

Peles, as que

Neles, e o sob,

Circulação em

Batidas ritmadas

Teclas consoantes

Vogais, a viagem.

O escrever desacontece…

Perde-se, o sangue

À contra corrente

Braço afora,

Vasos veias

Artérias,

Até que o

Sentido sem

Sentido, chega

Ao coração,

Epicentro

Deste

Sentir muito.

Ele, eu.

 

Resta-me velar, o

Poema abortado.

 

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 23/10/2023
Código do texto: T7915029
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