DO ATO DE ESCREVER
Escrever é corte exangue
Lançado, sem unguento,
Em vão, pois, portento,
Pérola jogada no mangue!
Ao vento, sim, palavras,
Rito, improfícuos suores
Postos aos escarnecedores
Do gume das “lavras”...!
E, "não cheira nem fede"!
Exceto, artesãos desta seara
Dar-lhe indultos, concede
Em suaves rapinas, frutos
Inócuos, halo, desta safra,
Nesta pátria de incultos!
(à Expedita Pedrosa, Nazarezinho-PB)