Porque escrevo
Escrevo desde que aprendi as letras. Foram cartões, cartinhas ilustradas, quadrinhos, pequenas histórias. Alfabetizada, me lancei à tarefa de escrever sempre. Uma tentativa de disfarçar ou superar a timidez, uma forma de me relacionar com o Mundo. Não sei. Escrevia.
Desde sempre escrevi. Se chorava, se ria, se estava feliz... Se queria demonstrar o que sentia. Escrevia. E ainda escrevo! Cada vez menos, é verdade... Mas preciso escrever mais. Estou convencida de que escrever é uma forma de salvar-me.
Pensei em ser Jornalista para que escrever estivesse em meu cotidiano. Decidi, porém, ser professora. E continuei escrevendo! Engavetei alguns escritos. Outros tiveram destino pior que os papéis amarelados e esquecidos: foram rasgados ou queimados. Mas nunca deixei de ter sempre à mão cadernos e diversas canetas.
De uns tempos para cá, inquietou-me que sempre tenha escrito, mas jamais tenha publicado... Então, cá estou: numa jornada, ao mesmo tempo, nova e antiga para entender esta profunda e delicada relação entre mim e as páginas em branco.
Escrevo...