A agulha e o camelo

Quando sufocavas teu sorriso apertando teus lábios e humedecendo os olhos eu tentava sacudir o silêncio murmurando palavras que permaneciam imóveis,

Os minutos transcorríam numa larga distancia de angustias oferecendo injurias febris e caladas, horas mais tarde renascia ese amor insolidario, com alertas e vorazes argumentos,

Quando lentamente dizias te quero nessa atitude irresistível de rápida paisagem algo ficava para traz, era como um tempo giratório, uma piedade, um sonho,

Quando a agulha e o camelo já não se traspassam, continuamos acumulando rancores, como em jogos proibidos com pretextos deixados no divã...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 23/04/2023
Reeditado em 22/05/2023
Código do texto: T7771239
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