A agulha e o camelo
Quando sufocavas teu sorriso apertando teus lábios e humedecendo os olhos eu tentava sacudir o silêncio murmurando palavras que permaneciam imóveis,
Os minutos transcorríam numa larga distancia de angustias oferecendo injurias febris e caladas, horas mais tarde renascia ese amor insolidario, com alertas e vorazes argumentos,
Quando lentamente dizias te quero nessa atitude irresistível de rápida paisagem algo ficava para traz, era como um tempo giratório, uma piedade, um sonho,
Quando a agulha e o camelo já não se traspassam, continuamos acumulando rancores, como em jogos proibidos com pretextos deixados no divã...