EXERCITANDO SOLIDÕES - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.
EXERCITANDO SOLIDÕES - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
Não estou só... só exercito solidões...
...estou treinando para... quando eu for... ninguém,
que alguém se lembre de que um dia lhe fiz bem
e que esse alguém faça...de um... dois corações.
Não estou só, o meu espelho me reflete...
ele repete o que diz o meu olhar...
mas se meus olhos não têm mais com quem falar,
o que pensar, quando a saudade se intromete ?
Nunca estou só... a abstração faz companhia
à fantasia que me dou quando estou triste.
Por que, poesia...que eu chorei,
quando sorriste,
e minha página, mais triste e mais... vazia ?
Brincar de amar, fechando os olhos é tão bom...
Quem dá o tom para quem nem sabe cantar ?
...é como dar, à luz da Lua, esse neon,
surrealista de quem vive de sonhar.
Não estou só, o meu olhar faz moradia
na poesia... ela espera o meu contato
emocional, posa pro flash, e o retrato
que ela se dá é o que o desejo fantasia.
Eu e a poesia somos mais que dois amantes
líricos, doces ritmando um coração,
por isto mesmo é que a mesma solidão
se alimenta da emoção que ama os instantes.
Brincar de amar é o que o sonhar me submete
e, se me vejo, é porque ainda estou vivo
... habita em mim, um ser feliz, reflexivo
e a teimosia da alegria se repete.
Publicado e Registrado no Recanto das Letras.
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