LIVRE 💠

A poesia presa no tempo

Num sopro, num vento

A poesia intacta a se escoar

Num fractal de momento

Fria, gélida e sem vida

Presa nas geleiras

Até que se desloca um iceberg

E rompe travessia pelo mar frio de inverno

A poesia-insatisfação degela

A poesia estancada nas eras

Hemorragia que desata a verter

Eu: fleumo-melancólico-sanguíneo

Vampiro parasita

Hemato-glossolálico

Sanguessuga de destinos

A poesia liberta

Se desprende

E me prende

No vão dos meus desatinos

2401230815

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 24/01/2023
Reeditado em 14/04/2023
Código do texto: T7702734
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