LIVRE 💠
A poesia presa no tempo
Num sopro, num vento
A poesia intacta a se escoar
Num fractal de momento
Fria, gélida e sem vida
Presa nas geleiras
Até que se desloca um iceberg
E rompe travessia pelo mar frio de inverno
A poesia-insatisfação degela
A poesia estancada nas eras
Hemorragia que desata a verter
Eu: fleumo-melancólico-sanguíneo
Vampiro parasita
Hemato-glossolálico
Sanguessuga de destinos
A poesia liberta
Se desprende
E me prende
No vão dos meus desatinos
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