motor
sobre aquele movimento vital
da busca
do poema ainda não lido
da canção ainda não ouvida
do conhecimento ainda não conhecido.
motor
a poesia
frenética
do não-escrito
poema
toma conta
de meu corpo
órgãos
células
não há
organela
nesse minimo interior
desatenta
ao movimento.
é o fazer elementar
o tecer
da nova narrativa
quero obter
da fonte sagrada
o alimento nutritivo
do inquieto espírito.
como
o barril de pólvora
e o curto-pavio
anseiam
pelo fogo explosivo
espero,
não mais inerte,
pela chama
que alumia.