IRONICAMENTE
DEDICADO A ZEZÉ DI ACAMADO DI OZÔNIO, O CRONISTA HIPER-REALISTA QUE TRANSCENDE EM HUMOR NO HILÁRIO-IMAGINÁRIO
O semi-silêncio alternou-se
Com bocas inexistentes e sussurros
A palavra plexi-sapiente
Invocada a este plano
Renasceu sem ser recepcionada por cousa alguma
E atônita ficou desnorteada
Tão impactada que desmaiou e nunca mais voltou a consciência
Coitada!
Chegou o inverno metapoético
Não teve avisos
Nem outono polissilábico que desfolha as paginas de cadernos
Simplesmente ao depor os talheres após o jantar
Despencou-se sobre a mesa, como notícia de filha que fugiu com namorado anônimo (o cafajeste!)
E a noticia aniquilativa caiu como uma luva aos presentes
Explodindo numa coluna incendiária no meio da sala
Nas eras, a palavra-temporã
Verde ainda, quase madura
Mas nunca doce e suculenta
O céu desfocado na visão prenuncia o provérbio dito em boca de tolo
Inútil como apostar num retardatário
E chovia musica, idiomas, signos, placas, avisos
E absurdamente
Excepcionalmente naquele dia
Não choveu nenhuma língua falando como uma louca desvairada
E embolando a mente dos humanos
De cinco sentidos, nem o sexto deu as caras
Apenas um dicionário espiava entre as frestas da porta, sem entender nada do acontecido
Na estrada faltava um "S" no final pra encontrar o plural
Quaisquer já foi se garantindo como palavra única e atrevidamente se declarou como "muitas em meio ao singular"
Enquanto isso os policiais interrogaram uma máquina de xerox, perguntando quem lhe deu autorização pra fazer cópias deste texto
A coitada não sabia falar português e foi condenada a pena máxima, sem direito de recorrer da sentença...
Tudo por causa de uma expressão despalavrosmósica
Tragilárico kkkkkkkkkkk!!
1412221548