Reencontro
Coração partido,alma flagelada e o espírito em luto.Em silêncio caminhando por ruas desconhecidas,entrego ao meu pior medo. Em um duelo entre o meu Eu e o meu pior terror,rasgo o passado e me jogo em prantos ao chão.O asfalto quente seca minhas lágrimas e com certo deboche,espera que me derrame mais e mais em lágrimas e assim bebe o suco do meu desespero.Se fortalecendo da minha fraqueza em aceitar o presente e sepultar o passado.Volto em lentidão em cada esquina e em cada portão.A mente em um relâmpago,trás as minhas memórias armazenadas dentro do meu silêncio.Não sei se choro ou se sorrio.Uma confusão de informações retardam meu consciente.Seria possível sentir saudades da dor,daquela ida à cozinha esquentar o café,ou abrir as janelas e olhar para o céu e agradecer o dia de luta a Deus ou à noite deitada na cama com olhar distante olhar a lua e fantasiar momentos?Sentir saudade de alguém que te machucou e te feriu com palavras é insano.É loucura ou é a alma abatida,cansada de tentar. Sou fantasma da minha história,sou meu medo em acreditar,sou a incerteza da verdade.Mas posso ser a folha de uma árvore que caí lentamente ao chão,ou o vento que pode passar e ninguém perceber,posso ser a luz no fim da escuridão.Entro por salas e quartos e escrevo as minhas memórias.