A caneta e o papel

A caneta e o papel,

Vivem em lua-de-mel,

Se amam no meu caderno.

Nessa paixão indiscreta,

Sou apenas o poeta,

Que esse amor seja eterno!

O papel e a caneta,

São felizes no planeta,

O rebento, é poesia.

Beleza pura, deidade,

Robusta sinceridade,

Em perfeita sintonia.

A caneta faz emendas,

O papel aceita as prendas,

Do poeta trovador.

Tudo isso é muito encanto,

É airoso acalanto,

De poemas de amor.

Com a caneta escrevendo,

O papel vai recebendo,

Os versos do menestrel.

Sentimento puro e doce,

Seria em vão, se não fosse,

A caneta e o papel.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 11/10/2022
Reeditado em 11/10/2022
Código do texto: T7624973
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