A caneta e o papel
A caneta e o papel,
Vivem em lua-de-mel,
Se amam no meu caderno.
Nessa paixão indiscreta,
Sou apenas o poeta,
Que esse amor seja eterno!
O papel e a caneta,
São felizes no planeta,
O rebento, é poesia.
Beleza pura, deidade,
Robusta sinceridade,
Em perfeita sintonia.
A caneta faz emendas,
O papel aceita as prendas,
Do poeta trovador.
Tudo isso é muito encanto,
É airoso acalanto,
De poemas de amor.
Com a caneta escrevendo,
O papel vai recebendo,
Os versos do menestrel.
Sentimento puro e doce,
Seria em vão, se não fosse,
A caneta e o papel.