SURREALIRISMO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
SURREALIRISMO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
Muitas vezes, ela sai... mas, sonolenta.
Espreguiça-se e, trôpega, devaneia
pela página, no fundo o que ela anseia,
é mostrar-se a quem a leia... ela é ciumenta.
Não escolhe a temática, titubeia, entretanto deixa rastros ou... sementes
revoltadas, fatigadas, inocentes,
é veemente: apaga o fogo ou... incendeia.
Cativante, insinuante ou... grosseira,
leva o sonho e a verdade na bagagem,
seleciona o erudito ou diz bobagem...
afinal, que tal o humor ? Viva a besteira !
Não copia nem sequer parafraseia,
é avessa aos arrotos lagostinos...
ou nojentos caviares tão... cretinos
...pensa e sonha... e, assim, se delineia.
Neológica na essência, vocaliza silenciosa como lágrima ou serpente.
Capitu ou monalísica o que sente,
grassa livre quando, lírica, desliza.
E sorri, é debochada, imagina cada cara incorrigível que a desdenha -
e ao autor que a produz - entrega a senha
a quem a lê com a emoção mais cristalina.
A exemplo de outras tantas caminhadas
rabiscadas em qualquer mais rota agenda,
ou em folhas sujas, velhas, amassadas,
este texto é um retalho de fazenda.
Ka ! Ka ! Ka ! ... você a leu, fiquei feliz
pois, a custo, conseguiu interpretá-la,
Gratidão !!! ... é o que ela diz... a sua fala
é apenas arco-íris... do que eu fiz.
Às 11h e 26min do dia 15 de janeiro de 2022 de Cabo Frio - Rio de Janeiro. Registrado e PublIcado no Recanto das Letras.