As últimas horas do poeta...
Poeta, eu não te vi escrevendo.
Por que não escreves?
Por eu te ver pálido no espelho,
pensei que tinhas morrido.
Desliguei a luz e saí do quarto.
Tenho lembranças de ti
no momento da luz ser apagada,
e teu olhar ser enegrecido no espelho.
Ao sair de lá, pensei: poesias, para
que lhes quero senão para criação?
Por isso daquela escuridão eu quis
criar revolução em ti, poeta!
Não, não estou abatido.
São apenas momentos de revoltas...
Eu te provoco por querer saber quem
sou eu e quem é àquele do outro lado.
Sou eu a resta e ele o poeta?
Conheço-te, ó poeta!
Eu irei abrir a porta,
ligar a luz e te colocar
diante dele de novo,
para que tuas últimas
horas sejam de risos,
e não de caretas.
Na verdade, tal separação
é o desafio nosso de cada dia.
Agradeço a interação do ilustre Jacó Filho
POETA PARA SEMPRE
A Deus, para morrer rindo,
Em oração sempre peço.
Mais ainda, contribuindo
Com arte que tanto prezo...
Como poeta jamais morre,
Porque a poesia socorre,
A crio me divertindo...
E pondo-me nos meus versos,
A Deus, para morrer rindo,
Em oração sempre peço.