116°
Tarde da noite ele chora
As preces de uma dor
De uma maldita paixão
O desejo é uma flecha
Uma agressão ao pudor
A morte é uma vida falida
De um pulso rasgado
Amar e mudar as coisas
É viver a utopia
Desejar a carne que sangra
É viver na distopia
Os ratos pularam da piscina
A água infecunda
É bebida por idiotas
Castelos de pólvora
Uma dor da repulsa
Onde estão as carapuças
Foram roubadas
Na ultima revolução?
Otreblig Solrac - O poeta burro