ORA DIREIS OUVI E LER SÓ BABOSEIRAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.

ORA DIREIS OUVIR E LER SÓ BABOSEIRAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

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Ora direis ouvir e ler tanta besteira...

o que o sábio do Bilac vos diria?

A nossa mídia atual, por ironia,

transforma a Língua Portuguesa em baboseira.

Asnice fútil é liberdade de expressão,

tolice vã, só licença "apoética",

alguém dirá, respeite essa dialética

dos que propagam uma falsa educação.

Replicareis, farsantes "doutos" que buscais,

no tal do Google, a melhor definição

moderna, do que sempre, mormente, atacais.

- ...Que mais, vossos loucos iguais defenderão?

Serão chavões repetitivos,

...expressões

obrigatórias que hão de, torpes, poluir

as velhas teses de uns decanos... sessentões...

que apenas buscam o eterno denegrir.

A ganga impura... e espúria... há de grassar,

e o que sobrar nas miseráveis das bateias,

serão bijuterias vis a enfeiar

os dorsos falsos das mais falsas das sereias.

Ora direis... ou nada mais que vós disserdes

terá algum sentido tolo ou, se tiver,

será alguma reles cópia de Voltaire

ou só um quadro abstrato de algum nerd.

Pobre Bilac, cuja essência não se esvai,

porque os grandes geniais são criativos,

diria em tons graves e fortes... e expressivos:

"Toda empáfia, da arrogância é mãe... e pai".

Que bom, que a doce Flor do Lácio poliniza,

a alma sensível dos autores de bom senso -

Imortalizo-te, Bilac, no que penso...

sabeis que o tombo é iminente em pedra lisa.

Vós, Casimiro ou Gonçalves ou Gregório,

Machado, Castro Alves, Rui, Padre Vieira,

infartariam... ante tanto falatório...

Camões, o rei, poria até uma viseira.

O que fizeram convosco, Lusofonia?

...e vós que ainda insistis na boa obra

literária ...toda excelência que socobra

num anarquismo que fecunda a hipocrisia ?

Esses tarados virtuais "pós pós" modernos,

que usam réguas e compassos concretistas

formando trôpegas retas... surrealistas,

plagiadores contumazes, subalternos.

... e uma desvairada e torpe intolerância,

numa vaidade desmedida... prepotência...

deturpação do que consideram ciência:

androides vis, megaloides da arrogância.

Pois perdoai-me, vós, viris parnasianos,

se repeti, do filigranico Bilac...

porque, a ser somente um escritor de araque,

prefiro ser bem mais que os fúteis googleanos.

Às 19he 49min do dia 22 de junho de 2019 do Rio de Janeirno. Publicado e Registrado no Recanto das Letras.