METAPOEMA
MAL TRAÇADAS LINHAS
Em diversos contextos o poeta
Divaga na sua imperfeição!...
Seja ele um esmerado exegeta
Escreve o que pede seu coração!
Nem sempre por linhas certas,
Contudo é natural suas linhas tortas
E mal traçadas como vislumbres
Entorno das águas de suas comportas.
Traços mal traçados os enganam...
Suas inspirações o traem...
Faróis que se apagam na escuridão
Levam-no aos rumos que lhe atraem!
Atrações mal inspiradas e conspiradas
Contra a verdade e ditames de consciência
Brotam como linhas mal traçadas
E desnudam seu âmago em essência!
Letras espúrias escondem-se nos textos...
Travestidas em enganosas poesias,
Disfarçadas em ledos pretextos,
Muitas vezes abandonam empatias!
Em riscos e rabiscos o poeta se aventura;
Na sua estatura é livre seu pensar!
Escorado sempre na sua conjuntura,
No poetar, mergulha no seu “divagar!...
Entre linhas e riscos, textos corajosos,
Brotam de sua pena... E, sem pena da razão,
O poeta rabisca conceitos presunçosos!
E sua inspiração é tomada pela vazão!
As poesias, crônicas e demais textos,
O poeta, na sua percepção reconhece
Suas mal traçadas linhas, nas rinhas
Opositoras entre razão e paixão!
Linhas, letras, rabiscos e penas,
Navegam pelas estrofes, versos,
Textos diversos, como antenas
A captarem conceitos controversos!
Jose Alfredo