ETERNIDADE
(pra sempre, poesia!)
Quantos versos, expostos, de veredas e de momentos
Tenham sido inventados, marcados, pós esquecidos
Descendo e passando, quão desandam, águas dos rios;
...que perderam-se, na vastidão do silêncio
...que nunca, por ninguém, foram corrigidos
Ficando tão somente, no extremo espaço de um vazio!
E quantos tantos, sentidos, emolientes e belos poemas
Foram somente aventados, elados e tartamudeados
No limiar da ira e da raiva, ou calor da emoção;
...que marcaram, tatuando fatos, vidas e cenas
Ficando, na fragrância do fragor dos ventos balbuciados
No calar ou, no clamor das coisas ditas por um tal coração!
E o que dizer..., de quantas envolventes prosas
Perdidas, na vastidão do azul do céu e do mar
Subindo...Submergindo depois, em fantasias;
De botões, que sequer encorajaram-se virarem rosas
De penachos, plumeiros, guardins que nunca foram ao ar
E que por conseguinte, jamais virarão, poesias!
Porém, acastelaram-se nos séculos, tantos contos de dor
Demudados e remendados, de rabiscos, e de rascunhos
Motes, para belas e marcantes, eternas histórias....
Belíssimas narrativas, de paixão, e de amor
Vivenciadas e redigidas, de próprio punho
Que de muitos, nunca mais sairão da memória.