Busca
Eu corro atrás de versos que me escapam
Por entre núcleos vãos de pensamentos
De um vejo o sorriso muito álacre
Um outro traz o olhar fora do tempo
São como menininhos mui travessos
Respostas de perguntas que nem sei
Confundem a razão pelos avessos
Mas brincam com os mistérios que neguei
Às vezes adivinho um muito triste
Chorando entre as mortalhas da infância
Tateio e abraço o seu exílio
Nem todo longe é um longe de distância
Sapecas, vão por toda a residência,
Sussurram, seduzindo por segredos,
Cirandas aos frontais da consciência
Mas quantos já não foram degradados?
Por certo há um jardim subterrâneo
Nas lápides sem letras que entrevi
Placentas soterradas no meu crânio;
Algoz sou dos poemas que eu morri