NO QUADRO DO POEMA
NO QUADRO DO POEMA
No quadro diminuto e instintivo dos ritmos,
A elevação frutifica,
Movimentos tardios.
A comoção memorável da beleza,
Demonstra o instantâneo já.
As perdas do nunca,
Não voltam ao tempo.
O apenas se aproxima,
Dos versos dos sentimentos.
Comparada à leveza,
A canção não pede horas.
As recorrências da natureza,
Florescem nas posses da solidão.
A infância derrete,
A igualdade das inclinações.
O naufrágio, aquecido pela superioridade da felicidade,
Em uníssono com os sabores,
Sem afundar, se joga.
O convívio dos eventos,
Santifica a coletividade das honras nomeadas.
Em uma comunhão delicada,
As definições inconscientes,
Sorriem à unicidade.
A juventude pessoal,
Ausenta as dúvidas do poema.
Sofia Meireles.