INOMINÁVEL TEMPO
(Mt/Poem/66)
Invejo a força e a coragem
Da travessia,
Do espalhamento do amor
Em dragas pantaneiras ao
Povo humilde
E liberto de quaisquer amarras.
- Ensina-me
E, eu ouço e te auxilio!
A pedra rara, cobiçou,
Fez morrer!
A ideia cresceu e o
Amor definhou lento
Pelo silencioso e intenso
Rio, o alvo
Que embrenhou-se mata
A dentro,
Na densa escuridão
Ao infinito indesejável agora,
Quando ainda fazia sentido.
Não mais sentido faz.
Sugado, trucidado foi esse amor
Que o Estado negou aos
Povos indígenas.
Seu livre viver!
Prata, ouro, bronze
Madeira e ou/Pirarucu
Sentido algum faz, "now"
Com a ausência de Bruno Pereira
E de Dom Phillips!
"Requiem aeternam dona eis, Do
mine
Et, lux perpetua luceat eis
Te decet hymnus, Deus in Sion
Et tibi reddetur votum in Jerusalem
Exaudi orationem meam
Ad te omnis caro veniet
Requiem aeternam dona eis, Domine
Et lux perpetua luceat eis
Kyrie eleison
Christe eleison
Kyrie eleison"
(Homenagem aos indigenistas Bruno e Dom Philips
assassinados na Amazonia)