EU TERCEIRAS PESSOAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
EU TERCEIRAS PESSOAS - Luiz Gilberto de Barros - Luiz Poeta.
"Vini-ciei-me" muito cedo...
- sem paráfrases ou paródias pseudo-didático-pedagógico-acadêmicas
que ensinam,
despudorada, tecnificista e prepotentemente,
a antipoesia científicoexperimental
sob o pretexto antitético
de terem reinventado,
amorfa - e até - abstratamente,
mímicos concretismos pica-clássico-dalínicos.
- pobres pseudocélulas-tronco
da incontestável copioneocriatividade ...
Até então, lia e declamava - emocionada e enlevadamente -
Camões, Pessoa, Casimiro...
... Castro Alves - Gonçalves, Bilac,
Régio, Gregorio, Maiakovsky,
Bocage, Gullar, Cecília...
Tiago de Mello, Oswald, Florbela...
e o ímpar Augusto... dos Anjos ( biológicos) "pré-moderno"?
Não! Único!
Eçareei, mas não assoreei meus líricos bucólicos tejo-amazônico- alencárico-machadeanos...
Sou um lusófono-tropical incorrigível!
Todavia, confesso:
Drummondeei na década de setenta
- que pena
terem chutado as pedras soltas
da minha ígnea avidez
... literária...
como tentaram fazê-lo, transformando-o na descabida sigla CDA dos vestibulares
( Sabia lá o que era isso?...errei pelo menos umas duas questões
e acertei mais duas no trôpego e pornofônico chute após 50 topicos, até reencontrar
o óbvio Drummond de Itabira sem fake-News).
..e apesar de ter-me, setentamente, sidarteado, exuperryado, aghacristieado, sydneysheldoneado, haroldin-hobbineado... e... enfim... gibranklineei-me...
sem todavia repetir,
desvairada e redundantemente,
suas líricas, reflexivas e necessárias máximas filosóficas...
Resisti bravamente e só hoje, paulocoelho-me...
Afinal, que mau escritor vende tanto ante uma enorme fila de antropo-esquimós?
Colho-me
quando me recolho...
e me garimpo... e me ourivesario oniricamente.
Ah... mas como amei e cantei
os geniais chicos e companheiros genericamente caetaneados
sem alzaimeres político-ideológicos !
(... e como enriqueceram!!!...e como despudoradamente socialistcapitalizaram!!! ).
Como trocaram as cachaças (e runs e vodcas) socialistas para os santos,
pelos brindes capitalistas
das safras dos doze anos
para os patrocinadores!
E como ainda torcem para capitalizarem socialismos
e conservarem seus moet chandons...
... todavia são incontestavelmente geniais!
Teria Caetano ( o artista) como mestre em literatura,
mas jamais em história ideológica!
Toda ficção é filosófica.
... à exceção dos Tons, Lyras, Hymeres, Lobos, Caymmis, Durans, Lupicinios e Joões que me dei,
toquei
e cantei...
... e das sublimes dissonantes bossanovistíssimas Naras
e Joyces
... e Fátimas Guedes sócio - coloquiais.
que amaciaram
líricamente
meus tímpanos
Beatlemaníaco-Rollingstoneanos
e Santananamente Hendríxicos, Billie BBKingcos... -e George - (à) bênção - Benson... Bluesjazzrockgibsons...
Mas sou terceiromundista globalizado!
Concomitantemente, Elizetei-me Noelrozando-me, Heriveltei-me, Aribarrosei-me, FranciscoCaldeei-me...
Enfim, diluí -me patriótica e ludicamente em duas Aquarelas AriToquíniicas...
Ah...iluminei-me ao Sol de Elis...Que Luz!!! ...
Embeveci-me AldirBlancando-me ou PauloCesarPinheirando-me,
Todavia, nunca CristóvãoBastei-me - pois os gênios se bastam
...e o único Hermeto
jamais hermético que conheço,
nordesteia neo-i-lógicas notas musicais pelo planeta obra-prima.
Houve embevecedores momentos de gismontear-me...
hoje, Yamandu-me em sonoras passárgadas pós-pós modernistas.
A propósito,
Além das minhas amadas primas,
a prima mais intima chama-se mi... ( Ave, DilermandoTapajozesBadensToquinicos e afins!!!).
Clubedesquinei-me miltoneando arranjos a la Minas...
Wanna dancei-me
e ainda bengalembalo-me RoupaNovando-me
sem os pantalônico blackties psicodélicos
que setentoestontearam minhas décadas pregressas pisando saltos-carrapetas vinho...
Que desalinho alinhado! ...de golas rolê e blayseres listrados...
Já que não mais lê e nivela vetustas estantes capengas com livros clássicos, googleie-se
(risos - normalmente nem Wikipedias registram neometonímicos-neologismos surrealistas).
E ... continuando meu pseudoensaio pretérita ( mente ) descabido:
Quando re-ouço ou revejo emocionado -
resgatando sublimes felicidades pretéritas -
os ingênuos e carismáticos lirismos dos Roberto-Éramos (sere...mos )
sorrio inefável e adolescentemente, cerrando olhos e ouvidos
para as aberrações sonoras
que cana-racham tímpanos
e embaçam ávidas e previsíveis midiáticas
mãozinhas para cima - patético!
Para os raríssimos genuínos atuais,
aqueles com seus amores
tão virtuafictíciamente verdadeiros,
mas sem os quase ditatoriais googleáticos modismos pornofônicos
forçados e tão sem graça
da implacável e arrogante massa deglutidora
de clupeídeos e vomitadora de
- outros... prepotentes imitadores contumazes modernos sem nem terem estudado a indelével Semana de 22...
outros, ainda, concretam-se
e usam Pignataris como inconsistentes chinfrins argamassas dos fúteis azulejos de si mesmos.
Leminskyei-me sem ler implacavel e avassaladoramente Leminskye,
mas não perco tempo em ver ou ler seus arrogantes genéricos grilheiros-posseiros de enfadonhas pseudonovidades...
... à exceção, é claro, dos verdadeiramente geniais
E até ousei quintanar-me, mas quint"amei-o" e quint"amei-me ... ao fazê-lo, sem roubá-lo como o fazem
alguns estudiosos das uniformizadas escolinhas de poesia.
E li-me a mim... sem rasurar-me...e sem rasgar meus conteúdos... engavetei-me para que alguns arqueólogos literários encontrem-me ao escavarem meus humildes líricos ou rebeldes silêncios... sentimentalmente ideológicos...
... sublimemente anímicos.
Afinal, sou do tempo em que não se ouvia... escutava-se... não se olhava... buscava-se.
...