METAPOEMA...

A MESA, O COPO, E O POETA

Num cenário bucólico, o poeta inerte

Afaga suas mágoas longe das tintas...

Tem como companhia, que lhe flerte,

Um copo e uma mesa que pressinta

Desejos nos rincões da saudade sob

Efeitos delirantes de sua mente fugaz

E mergulhado na transparência límpida

Do líquido algoz, o poeta tenta sorver

Para esquecer sua história de memória

Num efêmero caso de amor nascido,

Poeticamente de seu talento romântico!

Afoga-se no ímpeto da bebida e na

Solidão daquela mesa, só tem o garçon

A lhe servir os goles da sua tristeza...

E na nobreza daquele copo transparece

O caleidoscópio nas figuras grotescas

Das formas amorfas e fantasmagóricas

Alegóricas visões afogam-se no copo

Transparente e translúcido a levarem

Suas visões em versões de miragens

No cálido deserto de sua vida em chamas!

Mais um gole! O poeta vai a outras paragens!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 05/04/2022
Reeditado em 06/04/2022
Código do texto: T7488943
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