AMOR EM ISOLAMENTO
AMOR EM ISOLAMENTO
O amor ao poema,
Sustenta as substâncias lingüísticas da morte.
O tempo floresce,
Diante do vício tardio da tristeza.
Principal, a convivência,
Distancia-se do esfumar paradisíaco,
Do desenterro e do enterro.
Leituras nomeadas,
Publicam descidas,
Que habitam em invenções.
A pessoalidade vive,
De períodos semeados no tédio.
Ao seguir um olhar,
O sopro da leveza,
No sobressalto do beijo excêntrico,
Como páginas idas,
Espalha-se pelo desembarque crepuscular do naufrágio.
Um fim aceso,
Com a luz da palidez,
Maníaco e ouvinte,
Imobiliza a respiração.
Silenciosas, as recordações poéticas,
Isolam palavras integradas.
Sofia Meireles.