AMOR EM ISOLAMENTO

AMOR EM ISOLAMENTO

O amor ao poema,

Sustenta as substâncias lingüísticas da morte.

O tempo floresce,

Diante do vício tardio da tristeza.

Principal, a convivência,

Distancia-se do esfumar paradisíaco,

Do desenterro e do enterro.

Leituras nomeadas,

Publicam descidas,

Que habitam em invenções.

A pessoalidade vive,

De períodos semeados no tédio.

Ao seguir um olhar,

O sopro da leveza,

No sobressalto do beijo excêntrico,

Como páginas idas,

Espalha-se pelo desembarque crepuscular do naufrágio.

Um fim aceso,

Com a luz da palidez,

Maníaco e ouvinte,

Imobiliza a respiração.

Silenciosas, as recordações poéticas,

Isolam palavras integradas.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 21/03/2022
Código do texto: T7477419
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