TINTAS E PENAS
TINTAS E PENAS DO POETA
As mãos do poeta ostentam ferramentas na construção poética
Sua estética é a arte de conceber poemas como se fossem teoremas
Na busca de soluções!... E pintam como se fossem pincéis com tintas
Que apagam a extinta escuridão da ignorância nas cores de sua dialética!
Suas penas rabiscam com precisão a prancheta de sua concepção...
O escritor tem como seu vetor, a inspiração que lhe move do coração!
Sempre mergulhado nas profundezas do pensar, o poeta nada de
Braçadas imerso nas águas calmas e transparentes! É um exegeta!
Plainas, serras, pregos, martelos, esquadro, régua, perfuradeiras,
Movem-se em constante cinesia na sua arte de criar, e com a literatura
Tramar sua sina dentro das estrofes, versos, prosas, contos e casos
Na construção literal na busca de seus objetivos e de sua estrutura!
O poeta é antes de tudo, um artista, que desenha suas inspirações
Nas formas de suas concepções, segundo aquilo que lhe inspiram
Seu pensar, conceber, criar, imaginar, amar, deslumbrar, para na
Plenitude de seu poetar manejar suas tintas, penas e ferramentas!
O poeta engravida-se nas relações com suas amadas poesias!
Sua empatia lhe promove o romance e ele de namoro com as
Letras sai como borboleta pousando e sugando seus néctares
Numa literal gravidez até o nascimento de suas concepções!
No ateliê de sua criação, o poeta para e pensa no silêncio, e
Surpreende-se com a inspiração que lhe bate à porta!
E ele, então, se comporta submisso e obediente a mais um poema!
Que lhe invade sua vontade e no prazer literal ele exorta!
O poeta é ainda, um cirúrgico esgrimista no manejo de sua espada!
Entre estrofes, versos, poesias, livros e ensaios, ele esgrima
Com maestria de um mestre, e com precisas estocadas trás à luz
Externando de sua gravidez, sua literatura com suas ricas rimas!
O poeta vive seu contexto retraído no manejo de sua pena...
Entre rabiscos, linhas e textos, suas letras vertem ideias,
Riscam e rabiscam páginas como rebentos nos berçários
Literários, saciando a fome e a sede com seus mananciais!
Jose Alfredo