Sou tudo e nada
Sou a boca que te fala
Na areia que respondo
Sou seus pés a dar o coice
E a mente que tem foice!
Justifico meu olhado
Minha cama acostumado
Vira fé como tornado
E o tapete desumano
Criatura que se cala
A violar o mar tocando
Como nota de piano
Que tem dedos de tocaia
Cala o soco e desmaia
E pra cortina abaixa o pano