Minha poesia é...
Minha poesia, talvez,
seja simples
como quem me lê.
É fertil como a
rotina de quem luta,
e fria como o
mais triste dos leitos.
É facilmente captada
pelos ouvidos insensíveis ao mundo.
É o alimento esperado
dos desesperados.
Você a compreende,
vê e sente.
É íntima dos desiludidos,
donos de rios assoreados,
por lágrimas perenes,
e de tanta dor decantada.
Não se engane,
nem finja surpresa:
Fiz esse poema com tua pele.