FRIEZ DA PALAVRA

Aprendi com a friez da palavra

Do verso, do ritmo e da musa espantada

A decantar meus solilóquios

E a dor da estrada.

Aprendi com a friez da palavra

Do verso, do ritmo e da musa espantada

A doer minha dor e assim

A cantar estrofes sem fim.

Decantando solilóquios,

caminhando a estrada

Doendo minhas dores

e cantando minhas estrofes

Pude aprender com a friez

de um pássaro-palavra.

Hoje eu canto sobre a morte:

A próxima parada.

José Pinotti
Enviado por José Pinotti em 08/12/2021
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