Batalhando contra a poesia

Ophel deve ter sido amaldiçoado,

seu autoflagelo com sua caneta,

punia-se ao lançar palavras

contra a folha, como que fincado

na terra, o espantalho semântico.

Aprecia a verdadeira poesia,

como o perfume de primavera,

aos sonetos do velho marujo.

Sentia-se morgado quando uma

rima limitava o coração da

sentença; ele, tolo homem,

está preso junto aos falsos

poetas, de que se orgulham

ao gritar aos montes suas obras

efêmeras junto às suas ideias;

Nunca engoliu a soberba

literária do homem que vende

o linguajar recheado de vazio.

Detesta o verso mais dedicado

ao populismo, prestes em meio

a sinceridade artística.

A vida palpita êxtase de verdade,

corpos vestidos de corpo e alma,

não como de corpo e adorno.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 07/11/2021
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