Meus olhos

MEUS OLHOS

As vezes penso que meu poetar é ralo

Aguado, sem sal

E deve ser mesmo. Mas, qual o mal de  me despir, de me mostrar?

Afinal, se meus olhos em todo não me veem

Se não sei como sou

Que pretenso seria , saber todavia o que dizer, o que falar

Falo o que vem na telha, querendo não ser tudo, nem ser nada

Falo porque o meu eu quer falar com o seu

Byron Barros